sábado, 9 de julho de 2011
OS CASOS DE DOPING MAIS BIZARROS DO ESPORTE
Richard Gasquet e o beijo na boca
O exame do tenista francês durante o Masters 1.000 de Miami, em 2009, apresentou traços de cocaína. O motivo, segundo ele, foi um beijo em uma mulher que conheceu em uma boate. A Federação Internacional de Tênis (ITF) o suspendeu temporariamente por dois meses e 15 dias, e a Federação Francesa abriu um tribunal especial para julgar o caso. Depois de cumprida a suspensão, ele foi liberado para voltar a jogar, sob justificativa de que seria "injusto e inapropriado" aumentar a pena.
Guillermo Cañas e a água que não era dele
O argentino figurava no top 10 em 2005, quando testou positivo para um diurético HCT (hidroclorotiazide) durante o ATP de Acapulco. A ATP o suspendeu por dois anos, mas o tenista recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que reduziu a pena para 15 meses alegando "um erro cometido pelos organizadores do torneio". Cañas disse ter tomada água do copo de outra pessoa.
Jaqueline, o chá e o remédio contaminado
Em julho de 2007, pouco antes do Pan, exames após uma partida do Campeonato Italiano acusaram a presença de sibutramina na urina de Jaqueline. Ela disse que tinha tomado um chá para eliminar celulites. Uma semana antes do julgamento, porém, mudou a defesa e alegou que uma cápsula de um suplemento que tomava com frequência (Ácido linoléico conjugado) estaria contaminada. Suspensa provisoriamente por dois meses, ela teve a pena aumentada pelo Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni): nove meses. Duas semanas depois, a própria Comissão Antidoping da entidade reduziu a pena para três meses.
Maurren e a pomada pós-depilação
Maurren Maggi era favorita a conquistar uma medalha nas Olimpíadas de Atenas-2004, mas, um ano antes, foi flagrada em exame por uso de clostebol, um esteroide anabolizante. A saltadora disse que tinha usado uma pomada (Novaderm) para cicatrização de pele, após uma sessão de depilação a laser. A desculpa não ajudou a reduzir a pena. Maurren pegou dois anos de suspensão e desistiu de recorrer. Em 2008, conquistou o ouro do salto em distância em Pequim.
Alberto Contador e carne contaminada
Tricampeão da Volta da França, o ciclista espanhol Alberto Contador testou positivo para uma pequena quantidade da substância anabolizante clembuterol durante a edição 2010 da prova. Ele alegou ter comido uma carne contaminada e foi suspenso provisoriamente por dois meses pela Federação Espanhola de Ciclismo. O TAS vai julgá-lo em agosto.
Frédérick Bousquet e a pomada para tentar curar uma crise de hemorróida
Um pouco antes de uma competição em Canet-en-Roussillon, no ano passado, o nadador francês sofreu o que chamou de “crise violenta de uma doença muito peculiar”, tratada com medicamento que não contém substâncias proibidas. Mas, na hora da crise, ele não tinha a medicação. Foi, então, a uma farmácia, comprou uma outra e a usou sem ler a bula. Se tivesse lido, veria que a pomada continha heptaminol, estimulante proibido em fases de competição. Em entrevista a uma emissora de rádio, o nadador disse que tomou o medicamento para curar hemorróidas.
Bousquet pegou dois meses de suspensão, e o caso só foi divulgado depois que ela já tinha sido cumprida. A Federação Francesa de Natação disse ter convicção de que ele não teve intenção de se dopar.
LaShawn Merritt e o remédio que prometia aumentar o tamanho do pênis
Campeão olímpico nos 400m em Pequim-2008, o americano foi flagrado em antidoping em outubro do ano passado por uso de DHA, um esteroide anabolizante. Ele confessou que vinha ingerindo o remédio “Extenze” para aumentar o tamanho de seu pênis e o desempenho sexual. A confissão fez com que a pena fosse reduzida em apenas três meses. Em vez de dois anos de suspensão, pegou um gancho de 21 meses.
Ben Johnson e a sabotagem na cerveja
Recordista mundial dos 100m rasos nas Olimpíadas de Seul-1988, Ben Johnson foi flagrado por uso do esteroide estanozolol. Vinte e três anos depois, em um livro, o canadense acusou Andre Jackson, empresário do americano Carl Lewis - seu maior rival - de ter sabotado seu exame. Segundo o velocista, Jackson entrou na sala de coleta e colocou pílulas em sua bebida -Johnson estava tomando cerveja para tentar urinar. Lewis herdou a medalha de ouro.
(globo.com)
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